Sinopse: Um cavaleiro que ao retornar da guerra descobre que
ainda pode conhecer outros significados para a vida e outras definições para
coragem num encontro com um camponês.
Temas: Aventura, Drama, Fantasia.
Notas: Este é o conto que mais se assemelha ao estilo do meu
futuro livro, seria o conto número 1, porque a primeira ideia que eu tive para
um conto foi esta. No entanto, eu acabei publicando uma ideia posterior antes
simplesmente por ter sido finalizada primeiro. A princípio, eu me surpreendi
com a ideia; eu sempre tive uma forte influencia modernista, então eu não sabia
de onde uma história sobre lobisomens havia surgido (sim, este é um conto sobre
lobisomens também). Embora seja um tema
bastante abordado nos últimos tempos, eu sempre fui um tanto relutante ao
universo fantástico. Eu sempre fui bastante de descrever cenas do cotidiano,
mas eu sei que no fundo ainda tenho influencias do tempo de adolescente e, na
época, um dos meus gêneros literários favoritos era o romantismo... Aquele
ultrarromantismo... Eu também me lembrei de que na época que eu tive a ideia eu
estava jogando Castlevania: Lords of Shadow e os vídeo-games são realmente uma
grande influência para mim xD
Coragem
Por Claudia Mina
Por Claudia Mina
Descia a colina a passos largos e apressados, aquele homem
que não passava despercebido em nenhum lugar
que fosse. Seu porte e fisionomia eram distintos demais para que ninguém o
notasse: era forte e alto—mais alto que a maioria dos homens—, tinha ombros
largos e pernas compridas, seu rosto era de feições bem feitas e harmônicas—que
lhe davam um ar de nobreza—, seu corpo bem formado estava coberto por uma espessa
armadura negra que chamava a atenção por ser notavelmente bem trabalhada e custara
certamente mais do que muitos camponeses jamais ganhariam em toda a sua vida de
trabalho. Aquele certamente não era um homem comum, e certamente não era um
nobre comum. Andava com um porte e altivez que um cavaleiro comum jamais teria;
ele se assemelhava mais a um herói lendário, cuja aura exalava uma temida
grandiosidade. Quem o visse naquele momento, andando com a força de um
relâmpago cortando os céus, teria medo, muito medo. Sua expressão estava
fechada e seus passos pareciam fazer o chão tremer.
Chovia torrencialmente naquele final de tarde cinzento,
chovia como se os céus estivessem desabando, chovia como nunca antes se vira.
Os estrondosos trovões faziam o horizonte tremer, como se o mundo estivesse se
contorcendo e partindo num mortal acesso de cólera.
Parecia não haver alguém que ousasse sair em um tempo como
aqueles... com exceção de Áquila,
enfrentando a mais cruel tempestade em sua armadura negra, coberto
apenas por sua capa que parecia mais negra do que a mais escura treva. Áquila
não parecia temer, não parecia ter frio, não parecia se importar com o clima
infeliz a sua volta. Ele continuou andando e lutando contra a pesada chuva que
caía sobre seus ombros, decidido a perseguir o seu intento, o forte motivo pelo
qual cruzava aquelas colinas. Caminhava com os olhar fixo a sua frente, como se
nada pudesse fazê-lo parar. No entanto, de maneira repentina, Áquila se virou
para trás, havia alguém que o seguia.
Encolhido e tremendo de frio, um homem tentava acompanhar o
cavaleiro. Seu rosto mal podia ser visto por baixo do capuz que usava para
tentar se proteger minimamente daquela chuva e seu corpo se escondia embaixo de
um farrapo surrado que era a única vestimenta que possuía. Era apenas um jovem
de um vilarejo de camponeses. Em contraste com o Áquila, seu corpo era pequeno
e magro e ele caminhava encurvado, com os braços cruzados à frente do seu peito
para tentar se proteger do frio. A chuva parecia ter encolhido ainda mais o seu
corpo e ele tremia como um animal assustado. No entanto, mesmo naquele estado
frágil e deprimente, aquele pobre camponês demonstrava bravura ao tentar seguir
o cavaleiro naquele tempo cruel.
- Eu disse para não me seguir – disse Áquila com sua voz
firme e forte de comando.
Por um momento, pareceu que Renê, o camponês, não teria
coragem de responder, mas lentamente seus olhos se revelaram por debaixo do
capuz quando ele levantou a cabeça para responder. – Eu vou com você – disse
Renê decidido.
Eles haviam se encontrado pela primeira vez na manhã daquele
mesmo dia. Áquila avistara o vilarejo em sua caminhada de volta para casa. Ele
estava cansado e seu espírito não parecia ter mais vida. Áquila era mais um
cadáver que andava do que um homem naquele momento. Apesar de gozar de boa
saúde, sua força de viver o deixara. Ele voltava da guerra—um dos sobreviventes
de uma campanha desastrada contra o reino vizinho. Antes de partir, ele era um
jovem cavaleiro promissor, ele sentia como se tivesse o mundo em suas mãos; era
um dos filhos de um dos nobres mais ricos e poderosos do reino, ele possuía
dinheiro e terras, a única coisa lhe faltava era uma vitória em guerra. Desde
pequeno ele havia sido treinado para o combate e ele sempre venceu todos os
oponentes que enfrentou. Áquila sabia que havia nascido para a luta, sempre foi
forte e nunca temia. Ele pensou que voltaria da guerra como um herói, e suas
primeiras batalhas foram vitoriosas; no entanto, Áquila percebeu que por mais
que tivesse talento e tivesse habilidades inigualáveis, ele não conseguiria
ganhar uma guerra sozinho. Uma sucessão de erros de estratégia desastrosos
levou seu reino a uma vergonhosa derrota, e não havia nada que ele sozinho
pudesse fazer para reverter a situação. Em seu retorno à terra natal, ele não
era nada daquilo que um dia idealizou. Áquila ainda era um nobre rico, porém,
seu reino estava em ruínas. Uma grande quantia foi investida para financiar o
custo da guerra e sem a vitória e a riqueza que seria trazida com ela, a
economia entraria em declínio. Haveria também disputa pelo poder; Áquila foi um
dos que presenciaram a morte de seu rei, sua cabeça destroçada por um terrível
golpe de machado. Não demoraria muito para que os nobres começassem a brigar
entre si pelo trono.
Áquila sentia como se não fosse ninguém, sentia como se nada
valesse a pena na vida, um cavaleiro derrotado de um reino derrotado. Foi assim
que ele entrou no vilarejo, sem nenhuma pretensão, sem nenhum sonho, apenas
guiado pela noção de que precisaria ir a algum lugar. Quando adentrou as ruelas
do pobre vilarejo, porém, notou algo diferente. Não havia ninguém à vista.
Todas as portas e janelas estavam fechadas. Ele continuou andando, intrigado,
sem notar sinal algum de vida por muito tempo... até ouvir algumas vozes
sussurradas...
- Vá embora!
- Saia daqui!
Ele percebeu que as vozes vinham de dentro de algumas casas.
A principio, achou aquilo curioso, porém, não demorou muito para que ele
notasse que algo de muito errado se passava por lá. Em dado momento, ele
escutou um grito, um grito agudo e estridente, um grito de congelar a alma.
Rapidamente, Áquila correu na direção da qual veio o grito e qual não foi a sua
surpresa ao ver algo pior do que seus mais terríveis pesadelos. Era um animal
gigante, com pelos compridos e grossos sobre um corpo coberto de músculos. Era
grande como um urso, mas o formato da cabeça e do corpo se assemelhava ao de um
lobo e o jeito com que ficava em pé sobre as duas patas traseiras o fazia
parecer... com um ser humano, os olhos porém pareciam de um demônio, negros
como a mais profunda noite, como duas orbes de trevas sem fim.
A criatura havia atacado uma jovem que estava deitada no
chão—seus olhos estava abertos e ela estava viva, porém imóvel. O trauma
daquele ataque havia deixado a jovem em estado de choque, seus olhos congelados
em uma expressão do mais puro medo.
Áquila ficou aliviado de pelo menos saber que a moça estava
viva, mas estava claro que a situação poderia mudar a qualquer momento. A
criatura estava entre ele e a camponesa e a única maneira de salvá-la era enfrentar
aquele demônio em forma de animal.
Com um uivo diabólico que ecoou pelos ares, a besta
sinalizou sua sentença de morte para aquele homem que o havia interrompido.
Áquila apenas teve tempo de desembainhar sua grande espada antes de sentir o
primeiro ataque quase atingi-lo. As garras do animal rasgara o ar a poucos centímetros
de distancia do rosto de Áquila, que por pouco não se viu desfigurado. Apesar
do corpo grande e pesado, o animal era ágil e atacava com uma rapidez
impressionante. Áquila também era ágil, mas mal tinha tempo de escapar dos
golpes. Ele não estava conseguindo contra-atacar e a situação parecia mais
crítica a cada segundo. Áquila esperava por um momento de distração da besta,
uma oportunidade para atacar, mas o momento parecia não chegar nunca. Áquila
tinha uma grande resistência física, mas ele não sabia por quanto tempo mais
ele poderia aguentar aquele tipo de luta. Ele sabia que por mais que fosse
forte, ele era apenas um homem, e o oponente com quem lutava possuía uma força
descomunal, algo que não vinha da natureza e sim de algum tipo de energia
demoníaca. Finalmente, o cavaleiro se via em uma batalha da qual ele não sabia
se sairia vivo. No entanto, apesar de tudo, Áquila não tinha medo. Era como se
sua determinação tivesse retornado, era como se o seu espírito tivesse sido
revivido. Ele sabia que teria de lutar por um motivo e o motivo era sobreviver.
Num momento de fúria, a voz de Áquila ecoou pelo ar, como
num grito de guerra, e sua espada seguiu firme em direção do peito exposto da
criatura que havia aberto os braços para um ataque. A lâmina resvalou nos pelos
escuros da besta e teria perfurado a carne impura se não tivesse sido
arremessada aos ares no último instante. Áquila viu um dos fortes braços da
besta jogar sua espada para longe, arrancando-a de suas mãos. Num instante, o
cavaleiro se viu desarmado; no próximo instante, ele se viu no chão, jogado
pela besta que estava então acima dele. Áquila viu os olhos negros próximos aos
seus e ouviu um rosnado raivoso perto de seus ouvidos; o bafo que exalava da
boca da fera não era quente como ele imaginara, mas gelado e sobrenatural. O
cavaleiro pôde sentir a morte de perto, até que algo os surpreendeu. A besta
virou seu rosto de lobo para o lado ao sentir algo atingi-lo. Uma pedra havia
sido atirada em sua cabeça por alguém do vilarejo. A criatura quase se viu cega
de ódio ao olhar aquele ser insignificante, um simples camponês que havia saído
de uma casa e então empunhava uma enxada para atacá-lo. O jovem ofegava com a
corrente de adrenalina que percorria seu corpo, seus olhos brilhavam com
intensidade quando ele bradou um grito de ódio e correu na direção do monstro
com sua enxada em mãos. Aquilo havia distraído a fera que apenas teve tempo
para ter mais um pensamento torpe de ódio antes de expressar um som
horripilante de sua garganta. Áquila havia aproveitado a oportunidade para alcançar
a sua espada e atravessar o pescoço da besta. O animal levou suas mãos até sua
garganta em desespero, mas já era tarde demais, o golpe fatal havia sido
desferido. A única coisa que o monstro pôde fazer foi agonizar em gritos
abafados pelo sangue, num som que era pior do que qualquer coisa que Áquila
jamais havia escutado.
Finalmente uns poucos camponeses tiveram coragem de sair de
suas casas para observar a situação e recolher a moça que ainda estava em
estado de choque. A besta jazia morta na praça da cidade.
- Um lobisomem – disse o camponês.
- O que é um lobisomem? – Áquila perguntou.
- Dizem que são homens amaldiçoados que em tempos passados
praticaram os mais cruéis atos e suas almas se envenenaram tanto com a maldade
que os transformaram em demônios.
Áquila olhou para o camponês com certa incredulidade, se não
tivesse visto com seus próprios olhos, acharia que o rapaz estaria louco. – E por
que ele atacou a vila?
- Ninguém sabe... Alguns dizem que algumas pessoas daqui têm
feito algo de muito ruim, alguns deles teriam se envolvido com as artes do
demônio e invocado ele aqui. Faz um mês que isso está acontecendo. Esse que
você matou não é o único, eu vi outros, eu sei onde eles vivem.
- Você sabe? – Áquila perguntou mais uma vez com
incredulidade.
- Depois dos primeiros ataques, os homens da vila se
organizaram para ir atrás deles. Nós seguimos os rastros, os lobisomens têm um
covil além das colinas. Nós estávamos chegando perto, eu tenho certeza.
- Mas vocês não chegaram lá, não é mesmo?
-Eles nos atacaram. Eu fui o único que sobreviveu... eu
sempre corri muito rápido...
- Onde ficam essas colinas? – Áquila perguntou com
determinação.
- Eu mostro para você.
– O camponês se virou na direção onde ficavam as colinas.
- Não – Áquila pôs a mão em um dos ombros do jovem para
impedi-lo de seguir. – Você fica aqui.
- Mas eu quero ir com você.
- Escuta, qual é o seu nome?
- Renê.
- Renê, o que você é?
- Eu sou camponês.
- E por um acaso você sabe lutar?
- Eu lutei algumas vezes.
- Eu não estou falando de brigas entre moleques da vila, eu
estou falando de luta de verdade. Você sabe quem eu sou?
- Você é um cavaleiro – Renê respondeu sem titubear.
- Exatamente. Eu fui criado para lutar, eu cresci lutando.
Eu acabo de voltar de uma guerra. Eu sobrevivi a uma guerra.
- E qual o seu nome? – Renê perguntou.
- Meu nome é Áquila.
- Áquila, eu sobrevivi. Eu nasci na pobreza. Tinha vezes que
a colheita não vingava. Tinha dias que eu não tinha o que comer. Eu tinha dois
irmãos que morreram de fome num dos piores tempos que tivemos. Eu tive mais um
irmão e uma irmã que morreram de doença. A gente não tem roupa boa para vestir,
então passamos muito frio. Tem dias que eu achava que ia morrer de frio, mas eu
sobrevivi. Eu estava na vila quando aconteceu o primeiro ataque dos lobisomens.
Eu estava na vila quando aconteceu o segundo ataque. Eu estava junto do grupo
que foi atrás dos lobisomens e sobrevivi. Eu sou conhecido como um dos homens
mais corajosos desta vila. Eu sou tão digno quanto você para ir atrás deles. Eu
sou tão digno quanto você para lutar.
- Renê, não é uma questão de ser digno. Você não está
preparado – Áquila disse em tom de descontentamento.
- Como você pode dizer isso depois de tudo que eu falei da
minha vida, depois de tudo que eu passei – Renê disse com indignação. - Esta é
minha vila, este é meu lar. Eu não quero ver mais ninguém morrendo aqui.
- Minha resposta continua sendo não – disse Áquila com
intolerância.
Foi então que a chuva começara a cair... e não havia mais parado
mais desde então. Áquila viu Renê olhá-lo com uma expressão indescritível, mas
não permaneceu para questioná-lo; o cavaleiro tirou sua espada do corpo sem
vida do lobisomem e partiu em direção às colinas.
E foi isso que sucedera naquele dia antes de ele se
encontrar mais uma vez em companhia do camponês teimoso. Áquila caminhou na
direção dele e o levantou pelo colarinho. – Escuta aqui, eu não quero que você
venha comigo, entendeu? – Logo em seguida, Áquila jogou Renê no chão e apontou
a espada para o pescoço dele. – Você vai voltar para o vilarejo, porque eu não
me misturo com gente como você.
Renê olhou para a ponta da espada e não ousou dizer mais
nada. Porém não fez menção alguma de que voltaria.
Então Áquila o levantou novamente e o empurrou na direção do
vilarejo, apontando em seguida a espada para ele. – Vá embora! – Áquila gritou.
- Eu salvei a sua vida! – Renê gritou.
- Eu não me importo – as palavras de Áquila soaram abafadas
pela chuva.
Renê olhou novamente para a espada apontada para ele e
finalmente se virou na direção do vilarejo, caminhando de volta sem dizer mais
nenhuma palavra.
Áquila se certificou de que o camponês já não estava mais à
vista para continuar em seu caminho. A chuva já não era mais tão forte no
começo da noite e ele conseguia discernir melhor os arredores. Em dado momento
ele chegou a uma área rochosa, de difícil acesso. Áquila procurou por algum
caminho, algum local que parecesse possível para uma criatura como um lobisomem
fazer de covil. Foi então que ele ouviu um barulho e rapidamente se escondeu
por trás das rochas. Ele podia sentir uma daquelas criaturas por perto e quando
seus instintos lhe disseram que era seguro, Áquila se atreveu a olhar. Ele viu
as costas de um lobisomem à distância, subindo por um local entre as rochas. O
cavaleiro continuou seguindo a criatura com o olhar e passou a segui-la ao que
achava ser uma distância segura. Foi então que o lobisomem sumiu de suas vistas,
porém, Áquila sabia que ele não estava longe. O cavaleiro olhou ao redor e
visualizou um paredão que ele poderia escalar e que segundo os seus cálculos, poderia
dar visão para o local por onde a besta passara e que talvez ainda estaria.
Cuidadosamente, para não fazer barulho, Áquila passou a escalar as rochas e
após um tempo se viu em uma área elevada que lhe dava uma boa visão geral da
área. Ele pôde ver um local não muito distante que servia de abrigo para os
lobisomens. Havia dois lá no momento, aparentemente descansando. Áquila sabia
que não poderia agir até saber quantos deles realmente existiam na região e
passou a aguardar pacientemente para ver se mais alguns deles apareciam. Foi
então que um terceiro lobisomem adentrou no local que servia de covil. Ele
trazia algo consigo, algo que era perturbadoramente parecido com um ser humano.
Áquila se segurou para não ir até o local, ele sabia muito bem o que uma
criatura daquelas pretendia fazer com o pobre homem. No entanto, o cavaleiro
reparou que o homem que o lobisomem trazia estaria provavelmente morto pelo
estado deplorável em que o corpo se encontrava; pela quantidade de golpes que
ele recebera, o corpo estava todo contorcido e deformado.
O lobisomem levou sua vítima até o centro do covil e os
outros dois lobisomens que já estavam lá se levantaram para chegar mais perto.
Foi então que algo chamou a atenção de Áquila.
Renê! Ele se
lembrou. Aquele ser com o corpo deformado pelo lobisomem se assemelhava muito
ao do jovem camponês... e aquelas roupas maltrapilhas... pareciam as mesmas que
Renê estava usando. Áquila segurou um grito antes que ele atravessasse sua
garganta, o cavaleiro acabara de ver os lobisomens segurarem as pernas e braços
do cadáver e puxarem até que os membros fossem arrancados. As bestas começaram
a devorar a carne do homem e por um momento deixaram a parte principal do corpo
de lado, provavelmente para comer logo depois. Foi então que Áquila teve uma
visão melhor do rosto do homem. Ele viu mais uma vez aqueles olhos o encararem
naquele dia, mas eles já estavam sem vida. Enquanto Áquila presenciava a cena
sem poder fazer nada, sua mente se concentrava em arquitetar um plano para
acabar de vez com todas aquelas criaturas malditas. E ele tinha certeza de que os
lobisomens pagariam caro...
FIM
Notas: Eu sei que algumas pessoas gostam de lobisomens e eu
queria deixar claro que eu não tenho nada contra eles xD Eu apenas quis representá-los
desse jeito para o meu conto. É apenas uma das possíveis interpretações para
estes seres que tanto povoam o imaginário humano :) Eu tive a ideia para este
conto com uma cena que presenciei na rua. Qualquer outra pessoa poderia achar
que era um acontecimento mundano, mas eu já imaginei uma história xD Era um dia
de muita chuva e eu vi um jovem homem com uma aparência realmente distinta: ele
era alto, possuía um corpo bem balanceado e feições muito bem feitas, parecia
um daqueles modelos ou atores que vemos em filmes de heróis. Ele estava com um
terno preto muito bonito. O que chamava mais ainda a atenção era o jeito que
ele andava a passos muito largos e com passadas fortes, seu rosto expressava
raiva e ele parecia não se importar com o seu terno tão bonito se molhando
daquele jeito na forte chuva. Logo em seguida eu vi um rapaz que era um
contraste àquele primeiro homem. Ele era pequeno e magro e estava com um
moletom de capuz. O rapaz estava com os braços cruzados à frente do peito e
encolhido por andar no frio e na chuva. Foi então que eu tive a ideia para a
história. Por favor, peço que digam o que acharam. Isso é muito importante para
saber se estou no caminho certo ou não. Para voltar ao meu site: claudiapublicidade.wix.com/claudiaminaescritora
gostei muito do conto, prendeu minha atenção. Parabens Claudia! quero ver o que vem mais depois desse.
ResponderExcluirPor um momento, eu te odeio. Estava tudo bem até chegar o fim da história. Enfim, parabéns! Gostei muito do conto.
ResponderExcluirEngraçado como tudo começou. Estava lendo coisas nada interessantes no facebook e encontrei um comentário seu numa imagem de uma amiga. Abri a página do seu profile e a primeira coisa que fiz foi ver suas fotos. E você é bonita. Não, você é muito bonita.
Fiquei curioso sobre você e resolvi que o próximo passo seria ver o que tinha na sua timeline. Vi citações sobre jogos (Castlevania *-*), Game of Thrones, algumas imagens engraçadas e links para seus contos. Passou a ser bonita e interessante.
Não satisfeito, resolvi entrar na sua página de contos do facebook e caí aqui. Após ler, não consigo pensar que não é talentosa. Muito bom! Mudaria só algumas coisas (é, sou chato! ):
Na minha vida, você é uma "desconhecida" que passou a ser bonita, interessante e talentosa em menos de 30 minutos. Na sua vida, talvez mais um admirador. haha
Enfim, parabéns! Conquistou mais um admirador (secreto) com sua beleza e talento.
(e continue essa maldita história, argh! :)
Muito obrigada pelos elogios :) Foi muito interessante saber da história de como você chegou neste blog. Pode dizer o que você achou que seria melhor ser mudado, sem medo :) Eu só não vou poder fazer uma continuação, a menos que eu tenha uma ideia repentina xD Este conto foi feito para terminar desse jeito, deixando a vingança para a imaginação dos leitores, mas fico feliz em saber que você gostaria de uma continuação :)
ExcluirElogios merecidos! (:
ExcluirE mudaria detalhes bobos, Cláudia. Eu gosto quando há um suspense ao aparecer uma nova personagem, por exemplo. Na primeira vez que Áquila fala com Renê, você já diz que o nome dele é Renê e que ele é um camponês.
Um pouco antes, na verdade, você já o descreve como um camponês. (" Era apenas um jovem de um vilarejo de camponeses.")
Seria legal deixa-lo em mistério até a cena onde eles se conhecem, logo depois do combate com a "besta".
Parece que isso deixaria o leitor mais curioso, hm. Não sei. Sei que me deixaria mais.
E eu nunca escrevi nada e acho que não leio 1/10 do que você lê. Já pensei em escrever alguns contos, mas nunca comecei. Espero não estar te aborrecendo.
Interessante, vou tentar me lembrar do suspense ao revelar personagens. Acho que já revelei logo porque tenho dificuldade em lembrar de personagens se eles não são apresentados logo quando aparecem xD
ExcluirNão me aborreceu. Eu agradeço por ter me mostrado a sua opinião :) Isso é ótimo para escritores :)
Eu li a sua mensagem e estou respondendo aqui porque não tenho outro meio de responder.
ExcluirInteressante, qual o filme assistiu?
Acredito que decisões podem sim mudar completamente uma vida. Alguns resultados podem ser previstos, mas nem tudo acontece da maneira e intensidade "esperadas".
Dependendo do caso, possso vestir minhar armadura e montar no meu cavalo, você está preso em alguma torre?
Hmmm gostei. A história em si achei que ficou curta; me pareceu mais um capítulo de um livro do que um conto (talvez haja uma ideia aí, transformar esse conto em um livro, que tal?). Mas o seu jeito de criar e descrever personagens é ótimo! Super bem detalhado e crível. Parabéns!
ResponderExcluirSó tomaria mais cuidado também com alguns detalhes (plurais faltando aqui e ali, uma palavra repetida muitas vezes, esse tipo de coisa). Sei que eles não condenam nem salvam uma obra, mas ainda acho importante :)
Obrigada pelos elogios, que bom que gostou de como descrevo personagens :) Muito bom que tenha alertado sobre os plurais e palavras repetidas, é bom ficar sabendo dessas coisas para não cometer os mesmos erros. Quem sabe eu não tenho uma ideia para uma continuação um dia desses xD Eu escrevi esse conto para terminar ali, mas como você não foi o único a me falar de uma continuação, posso pensar mais no caso :) Muito obrigada pelo comentário :)
ExcluirDisponha sempre :)
ExcluirGostei bastante e também concordo com alguém que comentou antes de mim... não parece um conto, mas sim um capítulo de um livro. Nesse compasso você vai chegar em um bom livro com certeza. Parabéns!
ResponderExcluirFico feliz por ter gostado! Espero que eu receba a mesma reação dos leitores quando escrever meu livro! Muito obrigada!
ExcluirClaudia, que tal um prequel sobre como o René ficou tão corajoso? Achei esse personagem muito intrigante e queria saber qual a história dele :)
ResponderExcluirEstou quase que completamente mergulhada no meu livro neste momento, mas posso pensar em escrever um prequel :) Assim que possível, vou ver se dá para desenvolver um prequel do René, que bom que achou o personagem intrigante :)
ExcluirOlá!
ResponderExcluirPrimeiro de tudo preciso comentar que eu adorava jogar Castlevania rs
Seus contos sempre possuem um diferencial que me chama a atenção. Isso é ótimo! Nesse conto temos uma explicação de como surgiu os lobisomens no contexto, ele não apenas cita a existência da criatura fantástica.
Os personagens são bem marcantes e opostos, o Renê me cativou por querer ajudar o Áquila, mesmo sendo apenas um camponês. Já a atitude do Áquila me deixou com raiva rs, sempre se sentindo superior. E o final foi surpreendente apesar de triste, deixou aquele gostinho de vingança e de querer saber o que aconteceu depois rs
As cenas foram muito bem descritas, deu pra imaginar certinho o lugar e cada ação.
Parabéns!
Bjs!
http://marcasindeleveis.blogspot.com.br/
Que bom saber que também gostava de Castlevania! Passei muitos bons momentos jogando alguns dos títulos da série :) Fico muito feliz em saber que você acha que meus contos possuem um diferencial! É muito legal saber que o Renê a cativou e que deu raiva da atitude do Áquila! Eu acho muito interessante ver a reação dos leitores sobre os personagens. Que bom que se surpreendeu com o final e que achou as cenas bem descritas! Ainda penso em escrever um livro para contar o que aconteceu depois e desenvolver uma história a partir dos acontecimentos deste conto.
ExcluirAgradeço cada elogio!
Beijos
É muito bom um conto que devolve os lobisomens ao reino do horror. E os dois personagens cativam. Especialmente o campônio. Parabéns.
ResponderExcluirQue bom que gostou do tema e dos personagens! Fico muito feliz em ver sua opinião! Muito obrigada!
Excluir