sábado, 12 de outubro de 2013

Meu segundo conto - Coragem

Sinopse: Um cavaleiro que ao retornar da guerra descobre que ainda pode conhecer outros significados para a vida e outras definições para coragem num encontro com um camponês.

Temas: Aventura, Drama, Fantasia.

Notas: Este é o conto que mais se assemelha ao estilo do meu futuro livro, seria o conto número 1, porque a primeira ideia que eu tive para um conto foi esta. No entanto, eu acabei publicando uma ideia posterior antes simplesmente por ter sido finalizada primeiro. A princípio, eu me surpreendi com a ideia; eu sempre tive uma forte influencia modernista, então eu não sabia de onde uma história sobre lobisomens havia surgido (sim, este é um conto sobre lobisomens também).  Embora seja um tema bastante abordado nos últimos tempos, eu sempre fui um tanto relutante ao universo fantástico. Eu sempre fui bastante de descrever cenas do cotidiano, mas eu sei que no fundo ainda tenho influencias do tempo de adolescente e, na época, um dos meus gêneros literários favoritos era o romantismo... Aquele ultrarromantismo... Eu também me lembrei de que na época que eu tive a ideia eu estava jogando Castlevania: Lords of Shadow e os vídeo-games são realmente uma grande influência para mim xD

Coragem

Por Claudia Mina

Descia a colina a passos largos e apressados, aquele homem que não passava despercebido em  nenhum lugar que fosse. Seu porte e fisionomia eram distintos demais para que ninguém o notasse: era forte e alto—mais alto que a maioria dos homens—, tinha ombros largos e pernas compridas, seu rosto era de feições bem feitas e harmônicas—que lhe davam um ar de nobreza—, seu corpo bem formado estava coberto por uma espessa armadura negra que chamava a atenção por ser notavelmente bem trabalhada e custara certamente mais do que muitos camponeses jamais ganhariam em toda a sua vida de trabalho. Aquele certamente não era um homem comum, e certamente não era um nobre comum. Andava com um porte e altivez que um cavaleiro comum jamais teria; ele se assemelhava mais a um herói lendário, cuja aura exalava uma temida grandiosidade. Quem o visse naquele momento, andando com a força de um relâmpago cortando os céus, teria medo, muito medo. Sua expressão estava fechada e seus passos pareciam fazer o chão tremer.

Chovia torrencialmente naquele final de tarde cinzento, chovia como se os céus estivessem desabando, chovia como nunca antes se vira. Os estrondosos trovões faziam o horizonte tremer, como se o mundo estivesse se contorcendo e partindo num mortal acesso de cólera.

Parecia não haver alguém que ousasse sair em um tempo como aqueles... com exceção de Áquila,  enfrentando a mais cruel tempestade em sua armadura negra, coberto apenas por sua capa que parecia mais negra do que a mais escura treva. Áquila não parecia temer, não parecia ter frio, não parecia se importar com o clima infeliz a sua volta. Ele continuou andando e lutando contra a pesada chuva que caía sobre seus ombros, decidido a perseguir o seu intento, o forte motivo pelo qual cruzava aquelas colinas. Caminhava com os olhar fixo a sua frente, como se nada pudesse fazê-lo parar. No entanto, de maneira repentina, Áquila se virou para trás, havia alguém que o seguia.

Encolhido e tremendo de frio, um homem tentava acompanhar o cavaleiro. Seu rosto mal podia ser visto por baixo do capuz que usava para tentar se proteger minimamente daquela chuva e seu corpo se escondia embaixo de um farrapo surrado que era a única vestimenta que possuía. Era apenas um jovem de um vilarejo de camponeses. Em contraste com o Áquila, seu corpo era pequeno e magro e ele caminhava encurvado, com os braços cruzados à frente do seu peito para tentar se proteger do frio. A chuva parecia ter encolhido ainda mais o seu corpo e ele tremia como um animal assustado. No entanto, mesmo naquele estado frágil e deprimente, aquele pobre camponês demonstrava bravura ao tentar seguir o cavaleiro naquele tempo cruel.

- Eu disse para não me seguir – disse Áquila com sua voz firme e forte de comando.

Por um momento, pareceu que Renê, o camponês, não teria coragem de responder, mas lentamente seus olhos se revelaram por debaixo do capuz quando ele levantou a cabeça para responder. – Eu vou com você – disse Renê decidido.

Eles haviam se encontrado pela primeira vez na manhã daquele mesmo dia. Áquila avistara o vilarejo em sua caminhada de volta para casa. Ele estava cansado e seu espírito não parecia ter mais vida. Áquila era mais um cadáver que andava do que um homem naquele momento. Apesar de gozar de boa saúde, sua força de viver o deixara. Ele voltava da guerra—um dos sobreviventes de uma campanha desastrada contra o reino vizinho. Antes de partir, ele era um jovem cavaleiro promissor, ele sentia como se tivesse o mundo em suas mãos; era um dos filhos de um dos nobres mais ricos e poderosos do reino, ele possuía dinheiro e terras, a única coisa lhe faltava era uma vitória em guerra. Desde pequeno ele havia sido treinado para o combate e ele sempre venceu todos os oponentes que enfrentou. Áquila sabia que havia nascido para a luta, sempre foi forte e nunca temia. Ele pensou que voltaria da guerra como um herói, e suas primeiras batalhas foram vitoriosas; no entanto, Áquila percebeu que por mais que tivesse talento e tivesse habilidades inigualáveis, ele não conseguiria ganhar uma guerra sozinho. Uma sucessão de erros de estratégia desastrosos levou seu reino a uma vergonhosa derrota, e não havia nada que ele sozinho pudesse fazer para reverter a situação. Em seu retorno à terra natal, ele não era nada daquilo que um dia idealizou. Áquila ainda era um nobre rico, porém, seu reino estava em ruínas. Uma grande quantia foi investida para financiar o custo da guerra e sem a vitória e a riqueza que seria trazida com ela, a economia entraria em declínio. Haveria também disputa pelo poder; Áquila foi um dos que presenciaram a morte de seu rei, sua cabeça destroçada por um terrível golpe de machado. Não demoraria muito para que os nobres começassem a brigar entre si pelo trono.
Áquila sentia como se não fosse ninguém, sentia como se nada valesse a pena na vida, um cavaleiro derrotado de um reino derrotado. Foi assim que ele entrou no vilarejo, sem nenhuma pretensão, sem nenhum sonho, apenas guiado pela noção de que precisaria ir a algum lugar. Quando adentrou as ruelas do pobre vilarejo, porém, notou algo diferente. Não havia ninguém à vista. Todas as portas e janelas estavam fechadas. Ele continuou andando, intrigado, sem notar sinal algum de vida por muito tempo... até ouvir algumas vozes sussurradas...

- Vá embora!

- Saia daqui!

Ele percebeu que as vozes vinham de dentro de algumas casas. A principio, achou aquilo curioso, porém, não demorou muito para que ele notasse que algo de muito errado se passava por lá. Em dado momento, ele escutou um grito, um grito agudo e estridente, um grito de congelar a alma. Rapidamente, Áquila correu na direção da qual veio o grito e qual não foi a sua surpresa ao ver algo pior do que seus mais terríveis pesadelos. Era um animal gigante, com pelos compridos e grossos sobre um corpo coberto de músculos. Era grande como um urso, mas o formato da cabeça e do corpo se assemelhava ao de um lobo e o jeito com que ficava em pé sobre as duas patas traseiras o fazia parecer... com um ser humano, os olhos porém pareciam de um demônio, negros como a mais profunda noite, como duas orbes de trevas sem fim.

A criatura havia atacado uma jovem que estava deitada no chão—seus olhos estava abertos e ela estava viva, porém imóvel. O trauma daquele ataque havia deixado a jovem em estado de choque, seus olhos congelados em uma expressão do mais puro medo.

Áquila ficou aliviado de pelo menos saber que a moça estava viva, mas estava claro que a situação poderia mudar a qualquer momento. A criatura estava entre ele e a camponesa e a única maneira de salvá-la era enfrentar aquele demônio em forma de animal.

Com um uivo diabólico que ecoou pelos ares, a besta sinalizou sua sentença de morte para aquele homem que o havia interrompido. Áquila apenas teve tempo de desembainhar sua grande espada antes de sentir o primeiro ataque quase atingi-lo. As garras do animal rasgara o ar a poucos centímetros de distancia do rosto de Áquila, que por pouco não se viu desfigurado. Apesar do corpo grande e pesado, o animal era ágil e atacava com uma rapidez impressionante. Áquila também era ágil, mas mal tinha tempo de escapar dos golpes. Ele não estava conseguindo contra-atacar e a situação parecia mais crítica a cada segundo. Áquila esperava por um momento de distração da besta, uma oportunidade para atacar, mas o momento parecia não chegar nunca. Áquila tinha uma grande resistência física, mas ele não sabia por quanto tempo mais ele poderia aguentar aquele tipo de luta. Ele sabia que por mais que fosse forte, ele era apenas um homem, e o oponente com quem lutava possuía uma força descomunal, algo que não vinha da natureza e sim de algum tipo de energia demoníaca. Finalmente, o cavaleiro se via em uma batalha da qual ele não sabia se sairia vivo. No entanto, apesar de tudo, Áquila não tinha medo. Era como se sua determinação tivesse retornado, era como se o seu espírito tivesse sido revivido. Ele sabia que teria de lutar por um motivo e o motivo era sobreviver.

Num momento de fúria, a voz de Áquila ecoou pelo ar, como num grito de guerra, e sua espada seguiu firme em direção do peito exposto da criatura que havia aberto os braços para um ataque. A lâmina resvalou nos pelos escuros da besta e teria perfurado a carne impura se não tivesse sido arremessada aos ares no último instante. Áquila viu um dos fortes braços da besta jogar sua espada para longe, arrancando-a de suas mãos. Num instante, o cavaleiro se viu desarmado; no próximo instante, ele se viu no chão, jogado pela besta que estava então acima dele. Áquila viu os olhos negros próximos aos seus e ouviu um rosnado raivoso perto de seus ouvidos; o bafo que exalava da boca da fera não era quente como ele imaginara, mas gelado e sobrenatural. O cavaleiro pôde sentir a morte de perto, até que algo os surpreendeu. A besta virou seu rosto de lobo para o lado ao sentir algo atingi-lo. Uma pedra havia sido atirada em sua cabeça por alguém do vilarejo. A criatura quase se viu cega de ódio ao olhar aquele ser insignificante, um simples camponês que havia saído de uma casa e então empunhava uma enxada para atacá-lo. O jovem ofegava com a corrente de adrenalina que percorria seu corpo, seus olhos brilhavam com intensidade quando ele bradou um grito de ódio e correu na direção do monstro com sua enxada em mãos. Aquilo havia distraído a fera que apenas teve tempo para ter mais um pensamento torpe de ódio antes de expressar um som horripilante de sua garganta. Áquila havia aproveitado a oportunidade para alcançar a sua espada e atravessar o pescoço da besta. O animal levou suas mãos até sua garganta em desespero, mas já era tarde demais, o golpe fatal havia sido desferido. A única coisa que o monstro pôde fazer foi agonizar em gritos abafados pelo sangue, num som que era pior do que qualquer coisa que Áquila jamais havia escutado.

Finalmente uns poucos camponeses tiveram coragem de sair de suas casas para observar a situação e recolher a moça que ainda estava em estado de choque. A besta jazia morta na praça da cidade.

- Um lobisomem – disse o camponês.

- O que é um lobisomem? – Áquila perguntou.

- Dizem que são homens amaldiçoados que em tempos passados praticaram os mais cruéis atos e suas almas se envenenaram tanto com a maldade que os transformaram em demônios.

Áquila olhou para o camponês com certa incredulidade, se não tivesse visto com seus próprios olhos, acharia que o rapaz estaria louco. – E por que ele atacou a vila?

- Ninguém sabe... Alguns dizem que algumas pessoas daqui têm feito algo de muito ruim, alguns deles teriam se envolvido com as artes do demônio e invocado ele aqui. Faz um mês que isso está acontecendo. Esse que você matou não é o único, eu vi outros, eu sei onde eles vivem.

- Você sabe? – Áquila perguntou mais uma vez com incredulidade.

- Depois dos primeiros ataques, os homens da vila se organizaram para ir atrás deles. Nós seguimos os rastros, os lobisomens têm um covil além das colinas. Nós estávamos chegando perto, eu tenho certeza.
- Mas vocês não chegaram lá, não é mesmo?

-Eles nos atacaram. Eu fui o único que sobreviveu... eu sempre corri muito rápido...

- Onde ficam essas colinas? – Áquila perguntou com determinação.

- Eu mostro para você.  – O camponês se virou na direção onde ficavam as colinas.

- Não – Áquila pôs a mão em um dos ombros do jovem para impedi-lo de seguir. – Você fica aqui.

- Mas eu quero ir com você.

- Escuta, qual é o seu nome?

- Renê.

- Renê, o que você é?

- Eu sou camponês.

- E por um acaso você sabe lutar?

- Eu lutei algumas vezes.

- Eu não estou falando de brigas entre moleques da vila, eu estou falando de luta de verdade. Você sabe quem eu sou?

- Você é um cavaleiro – Renê respondeu sem titubear.

- Exatamente. Eu fui criado para lutar, eu cresci lutando. Eu acabo de voltar de uma guerra. Eu sobrevivi a uma guerra.

- E qual o seu nome? – Renê perguntou.

- Meu nome é Áquila.

- Áquila, eu sobrevivi. Eu nasci na pobreza. Tinha vezes que a colheita não vingava. Tinha dias que eu não tinha o que comer. Eu tinha dois irmãos que morreram de fome num dos piores tempos que tivemos. Eu tive mais um irmão e uma irmã que morreram de doença. A gente não tem roupa boa para vestir, então passamos muito frio. Tem dias que eu achava que ia morrer de frio, mas eu sobrevivi. Eu estava na vila quando aconteceu o primeiro ataque dos lobisomens. Eu estava na vila quando aconteceu o segundo ataque. Eu estava junto do grupo que foi atrás dos lobisomens e sobrevivi. Eu sou conhecido como um dos homens mais corajosos desta vila. Eu sou tão digno quanto você para ir atrás deles. Eu sou tão digno quanto você para lutar.

- Renê, não é uma questão de ser digno. Você não está preparado – Áquila disse em tom de descontentamento.

- Como você pode dizer isso depois de tudo que eu falei da minha vida, depois de tudo que eu passei – Renê disse com indignação. - Esta é minha vila, este é meu lar. Eu não quero ver mais ninguém morrendo aqui.

- Minha resposta continua sendo não – disse Áquila com intolerância.

Foi então que a chuva começara a cair... e não havia mais parado mais desde então. Áquila viu Renê olhá-lo com uma expressão indescritível, mas não permaneceu para questioná-lo; o cavaleiro tirou sua espada do corpo sem vida do lobisomem e partiu em direção às colinas.

E foi isso que sucedera naquele dia antes de ele se encontrar mais uma vez em companhia do camponês teimoso. Áquila caminhou na direção dele e o levantou pelo colarinho. – Escuta aqui, eu não quero que você venha comigo, entendeu? – Logo em seguida, Áquila jogou Renê no chão e apontou a espada para o pescoço dele. – Você vai voltar para o vilarejo, porque eu não me misturo com gente como você.

Renê olhou para a ponta da espada e não ousou dizer mais nada. Porém não fez menção alguma de que voltaria.

Então Áquila o levantou novamente e o empurrou na direção do vilarejo, apontando em seguida a espada para ele. – Vá embora! – Áquila gritou.

- Eu salvei a sua vida! – Renê gritou.

- Eu não me importo – as palavras de Áquila soaram abafadas pela chuva.

Renê olhou novamente para a espada apontada para ele e finalmente se virou na direção do vilarejo, caminhando de volta sem dizer mais nenhuma palavra.

Áquila se certificou de que o camponês já não estava mais à vista para continuar em seu caminho. A chuva já não era mais tão forte no começo da noite e ele conseguia discernir melhor os arredores. Em dado momento ele chegou a uma área rochosa, de difícil acesso. Áquila procurou por algum caminho, algum local que parecesse possível para uma criatura como um lobisomem fazer de covil. Foi então que ele ouviu um barulho e rapidamente se escondeu por trás das rochas. Ele podia sentir uma daquelas criaturas por perto e quando seus instintos lhe disseram que era seguro, Áquila se atreveu a olhar. Ele viu as costas de um lobisomem à distância, subindo por um local entre as rochas. O cavaleiro continuou seguindo a criatura com o olhar e passou a segui-la ao que achava ser uma distância segura. Foi então que o lobisomem sumiu de suas vistas, porém, Áquila sabia que ele não estava longe. O cavaleiro olhou ao redor e visualizou um paredão que ele poderia escalar e que segundo os seus cálculos, poderia dar visão para o local por onde a besta passara e que talvez ainda estaria. Cuidadosamente, para não fazer barulho, Áquila passou a escalar as rochas e após um tempo se viu em uma área elevada que lhe dava uma boa visão geral da área. Ele pôde ver um local não muito distante que servia de abrigo para os lobisomens. Havia dois lá no momento, aparentemente descansando. Áquila sabia que não poderia agir até saber quantos deles realmente existiam na região e passou a aguardar pacientemente para ver se mais alguns deles apareciam. Foi então que um terceiro lobisomem adentrou no local que servia de covil. Ele trazia algo consigo, algo que era perturbadoramente parecido com um ser humano. Áquila se segurou para não ir até o local, ele sabia muito bem o que uma criatura daquelas pretendia fazer com o pobre homem. No entanto, o cavaleiro reparou que o homem que o lobisomem trazia estaria provavelmente morto pelo estado deplorável em que o corpo se encontrava; pela quantidade de golpes que ele recebera, o corpo estava todo contorcido e deformado.
O lobisomem levou sua vítima até o centro do covil e os outros dois lobisomens que já estavam lá se levantaram para chegar mais perto. Foi então que algo chamou a atenção de Áquila.

Renê! Ele se lembrou. Aquele ser com o corpo deformado pelo lobisomem se assemelhava muito ao do jovem camponês... e aquelas roupas maltrapilhas... pareciam as mesmas que Renê estava usando. Áquila segurou um grito antes que ele atravessasse sua garganta, o cavaleiro acabara de ver os lobisomens segurarem as pernas e braços do cadáver e puxarem até que os membros fossem arrancados. As bestas começaram a devorar a carne do homem e por um momento deixaram a parte principal do corpo de lado, provavelmente para comer logo depois. Foi então que Áquila teve uma visão melhor do rosto do homem. Ele viu mais uma vez aqueles olhos o encararem naquele dia, mas eles já estavam sem vida. Enquanto Áquila presenciava a cena sem poder fazer nada, sua mente se concentrava em arquitetar um plano para acabar de vez com todas aquelas criaturas malditas. E ele tinha certeza de que os lobisomens pagariam caro...

FIM

Notas: Eu sei que algumas pessoas gostam de lobisomens e eu queria deixar claro que eu não tenho nada contra eles xD Eu apenas quis representá-los desse jeito para o meu conto. É apenas uma das possíveis interpretações para estes seres que tanto povoam o imaginário humano :) Eu tive a ideia para este conto com uma cena que presenciei na rua. Qualquer outra pessoa poderia achar que era um acontecimento mundano, mas eu já imaginei uma história xD Era um dia de muita chuva e eu vi um jovem homem com uma aparência realmente distinta: ele era alto, possuía um corpo bem balanceado e feições muito bem feitas, parecia um daqueles modelos ou atores que vemos em filmes de heróis. Ele estava com um terno preto muito bonito. O que chamava mais ainda a atenção era o jeito que ele andava a passos muito largos e com passadas fortes, seu rosto expressava raiva e ele parecia não se importar com o seu terno tão bonito se molhando daquele jeito na forte chuva. Logo em seguida eu vi um rapaz que era um contraste àquele primeiro homem. Ele era pequeno e magro e estava com um moletom de capuz. O rapaz estava com os braços cruzados à frente do peito e encolhido por andar no frio e na chuva. Foi então que eu tive a ideia para a história. Por favor, peço que digam o que acharam. Isso é muito importante para saber se estou no caminho certo ou não. Para voltar ao meu site: claudiapublicidade.wix.com/claudiaminaescritora

17 comentários:

  1. gostei muito do conto, prendeu minha atenção. Parabens Claudia! quero ver o que vem mais depois desse.

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  2. Por um momento, eu te odeio. Estava tudo bem até chegar o fim da história. Enfim, parabéns! Gostei muito do conto.

    Engraçado como tudo começou. Estava lendo coisas nada interessantes no facebook e encontrei um comentário seu numa imagem de uma amiga. Abri a página do seu profile e a primeira coisa que fiz foi ver suas fotos. E você é bonita. Não, você é muito bonita.
    Fiquei curioso sobre você e resolvi que o próximo passo seria ver o que tinha na sua timeline. Vi citações sobre jogos (Castlevania *-*), Game of Thrones, algumas imagens engraçadas e links para seus contos. Passou a ser bonita e interessante.
    Não satisfeito, resolvi entrar na sua página de contos do facebook e caí aqui. Após ler, não consigo pensar que não é talentosa. Muito bom! Mudaria só algumas coisas (é, sou chato! ):
    Na minha vida, você é uma "desconhecida" que passou a ser bonita, interessante e talentosa em menos de 30 minutos. Na sua vida, talvez mais um admirador. haha

    Enfim, parabéns! Conquistou mais um admirador (secreto) com sua beleza e talento.

    (e continue essa maldita história, argh! :)

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    1. Muito obrigada pelos elogios :) Foi muito interessante saber da história de como você chegou neste blog. Pode dizer o que você achou que seria melhor ser mudado, sem medo :) Eu só não vou poder fazer uma continuação, a menos que eu tenha uma ideia repentina xD Este conto foi feito para terminar desse jeito, deixando a vingança para a imaginação dos leitores, mas fico feliz em saber que você gostaria de uma continuação :)

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    2. Elogios merecidos! (:

      E mudaria detalhes bobos, Cláudia. Eu gosto quando há um suspense ao aparecer uma nova personagem, por exemplo. Na primeira vez que Áquila fala com Renê, você já diz que o nome dele é Renê e que ele é um camponês.
      Um pouco antes, na verdade, você já o descreve como um camponês. (" Era apenas um jovem de um vilarejo de camponeses.")
      Seria legal deixa-lo em mistério até a cena onde eles se conhecem, logo depois do combate com a "besta".
      Parece que isso deixaria o leitor mais curioso, hm. Não sei. Sei que me deixaria mais.
      E eu nunca escrevi nada e acho que não leio 1/10 do que você lê. Já pensei em escrever alguns contos, mas nunca comecei. Espero não estar te aborrecendo.

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    3. Interessante, vou tentar me lembrar do suspense ao revelar personagens. Acho que já revelei logo porque tenho dificuldade em lembrar de personagens se eles não são apresentados logo quando aparecem xD
      Não me aborreceu. Eu agradeço por ter me mostrado a sua opinião :) Isso é ótimo para escritores :)

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    4. Eu li a sua mensagem e estou respondendo aqui porque não tenho outro meio de responder.
      Interessante, qual o filme assistiu?
      Acredito que decisões podem sim mudar completamente uma vida. Alguns resultados podem ser previstos, mas nem tudo acontece da maneira e intensidade "esperadas".
      Dependendo do caso, possso vestir minhar armadura e montar no meu cavalo, você está preso em alguma torre?

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  3. Hmmm gostei. A história em si achei que ficou curta; me pareceu mais um capítulo de um livro do que um conto (talvez haja uma ideia aí, transformar esse conto em um livro, que tal?). Mas o seu jeito de criar e descrever personagens é ótimo! Super bem detalhado e crível. Parabéns!

    Só tomaria mais cuidado também com alguns detalhes (plurais faltando aqui e ali, uma palavra repetida muitas vezes, esse tipo de coisa). Sei que eles não condenam nem salvam uma obra, mas ainda acho importante :)

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    1. Obrigada pelos elogios, que bom que gostou de como descrevo personagens :) Muito bom que tenha alertado sobre os plurais e palavras repetidas, é bom ficar sabendo dessas coisas para não cometer os mesmos erros. Quem sabe eu não tenho uma ideia para uma continuação um dia desses xD Eu escrevi esse conto para terminar ali, mas como você não foi o único a me falar de uma continuação, posso pensar mais no caso :) Muito obrigada pelo comentário :)

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  4. Gostei bastante e também concordo com alguém que comentou antes de mim... não parece um conto, mas sim um capítulo de um livro. Nesse compasso você vai chegar em um bom livro com certeza. Parabéns!

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    1. Fico feliz por ter gostado! Espero que eu receba a mesma reação dos leitores quando escrever meu livro! Muito obrigada!

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  5. Claudia, que tal um prequel sobre como o René ficou tão corajoso? Achei esse personagem muito intrigante e queria saber qual a história dele :)

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    1. Estou quase que completamente mergulhada no meu livro neste momento, mas posso pensar em escrever um prequel :) Assim que possível, vou ver se dá para desenvolver um prequel do René, que bom que achou o personagem intrigante :)

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  6. Olá!
    Primeiro de tudo preciso comentar que eu adorava jogar Castlevania rs
    Seus contos sempre possuem um diferencial que me chama a atenção. Isso é ótimo! Nesse conto temos uma explicação de como surgiu os lobisomens no contexto, ele não apenas cita a existência da criatura fantástica.
    Os personagens são bem marcantes e opostos, o Renê me cativou por querer ajudar o Áquila, mesmo sendo apenas um camponês. Já a atitude do Áquila me deixou com raiva rs, sempre se sentindo superior. E o final foi surpreendente apesar de triste, deixou aquele gostinho de vingança e de querer saber o que aconteceu depois rs
    As cenas foram muito bem descritas, deu pra imaginar certinho o lugar e cada ação.
    Parabéns!
    Bjs!
    http://marcasindeleveis.blogspot.com.br/

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    1. Que bom saber que também gostava de Castlevania! Passei muitos bons momentos jogando alguns dos títulos da série :) Fico muito feliz em saber que você acha que meus contos possuem um diferencial! É muito legal saber que o Renê a cativou e que deu raiva da atitude do Áquila! Eu acho muito interessante ver a reação dos leitores sobre os personagens. Que bom que se surpreendeu com o final e que achou as cenas bem descritas! Ainda penso em escrever um livro para contar o que aconteceu depois e desenvolver uma história a partir dos acontecimentos deste conto.

      Agradeço cada elogio!

      Beijos

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  7. É muito bom um conto que devolve os lobisomens ao reino do horror. E os dois personagens cativam. Especialmente o campônio. Parabéns.

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    1. Que bom que gostou do tema e dos personagens! Fico muito feliz em ver sua opinião! Muito obrigada!

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